25 novembro, 2006

Das Guerras Públicas II

Em Caxias, o Rei Eduardo estava de cama desde que, sozinho, conseguira parar um comboio que levava armas para os seus inimigos de São Julião. Ainda por cima, os piratas de Softe Uere tinham feito um embargo naval ao castelo, que já não podia receber alimentos por essa via. Em cima disto tudo, havia a já antiga escaramuça com os parvalhões dos servos do Jouço Malumoroth.

Em São Julião a coisa não estava melhor. Tinha-se espalhado uma peste chamada Piolhosis Analfabetis, transmitida por uma bactéria chamada Babebibobis Piolhosis que, por sua vez, era transportada por um rato chamado Rodens Analfabetis e só era perigosa em ambientes de pouca higiene. Os infectados eram designados por Piolhosos Analfabetos (vulgo P.A.s - leia-se "pê-ás"). Dona Juliana, senhora de bom coração, doou um terreno perto dos limites do Lugar (e bem longe do principado) à instituição que ficou de os curar, onde esta instalou um sanatório. Mas os palermas e ingratos P.A.s preferiram fugir e passear-se pelas ruas com as mãos, chapinhar nas poças de lama e coleccionar trocos fornecidos por colaboradores muito relutantes. Além disso, o seu lugar favorito nas praias eram as saídas dos esgotos. O mais imbecil de todos eles era um mutante nojento, meio-mocho-meio-cão (por acaso até se chamava Bufus Canis) e os “amigos” tratavam-no só por Mocho (apesar de os inimigos preferirem chamar-lhe Cão). O seu bando vivia nos esgotos e auto-intitulava-se Piolhosos Analfabetos “Ranho Verde” Organizados, ou P.A.R.V.O.s.

Tudo o que antes descrevi é explicável (mas não desculpável) pela forma como a Babebibósis Piolhosis actuava no juízo dos doentes.

Entretanto, nem no Huynesado de Dona Filipa tudo corria bem.

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